Os episódios como que o Correio da Manhã noticia e que abordámos no post anterior desta série, são, repetimos, de todas as épocas e de todos os lugares. Cada indivíduo e cada cultura tem lidado com eles de sua maneira. A ciência materialista atribui estes episódios a transtorno mental, e prescreve medicamentos que "acalmam", e de certa forma mascaram o problema. As religiões tradicionais, quando não remetem as pessoas para o médico, tratam do problema com exorcismos, por considerarem que a pessoa está perturbada por estar possuída por "demónios".
Longe de nós apoucar a Ciência ou a Religião, esclareçamos. No entanto, em casos deste jaez, ambas falham o seu objectivo, porque desconhecem a causa. O Espiritismo, doutrina filosófica de consequências morais, veio esclarecer esta e muitas outras questões.
O Espiritismo demonstrou experimentalmente a existência do mundo espiritual, e descobriu que este é habitado, não por "anjos" (seres criados perfeitos) e por "demónios" (anjos caídos em desgraça), mas sim pelos Espíritos, que mais não são do que pessoas como nós, que já deixaram o mundo material, pelo fenómeno da morte do corpo, da morte biológica.
Então, onde dantes se via intervenção do "demónio" ou dos "demónios", o Espiritismo demonstrou que se trata da intervenção perniciosa, desagradável, muitas vezes aparatosa, mas sempre possível de ser contrariada, de um ou mais Espíritos menos bons. O Espiritismo demonstrou que os Espíritos não são seres à parte na Criação, ou produto da imaginação.
“A obsessão é uma acção permanente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo”.
(Allan Kardec)
No caso que deu o mote para esta série de posts, é dito que se trata de um "demónio feminino". Os crentes tradicionais não terão dúvidas de que o que se pede aqui é um exorcismo. Os materialistas sorrirão, considerando estas coisas como reflexo da pequenez de mentes primitivas
Para quem se vê a braços com uma perturbação destas, não tem absolutamente graça nenhuma. A solução da medicina materialista, que passa por sedar o paciente reduzindo-o a um vegetal, é desumana. Como são desumanos os exorcismos, que, além de aterrorizarem o infeliz "possesso", envolvem muitas vezes práticas medievais, tais como privá-lo de comida e água, ou espancá-lo, para "fazer sair os demónios".
